terça-feira, 6 de novembro de 2007

DCE UFS responde a nota do Reitor Josué

Um basta ao autoritarismo e a cara de pau!
Até quando Reitor Josué?

1 - O movimento estudantil da UFS vem, por meio desta, esclarecer alguns pontos referentes à última reunião do CONEPE e repudiar a nota pública da Reitoria que é mais uma ofensa e chuva de mentiras do que uma contribuição efetiva para a construção verdadeira da UFS.

2 - Nós queremos ressaltar de início que o processo de ocupação de um conselho não surge da cabeça de um ou outro e não se constrói em um dia. Essa é uma construção coletiva e madura a partir de uma leitura da conjuntura da universidade. Logo, resolvemos ocupar a sala dos conselhos de forma consciente e organizada. Não somos moleques irresponsáveis. Somos um Movimento Estudantil combativo.

3 - Como não aconteceram discussões sobre o REUNI – programa que reestrutura por completo a universidade e, portanto, deveria ser no mínimo exaustivamente debatido – e o projeto resolveu ser aprovado no conselho e não em um plebiscito (não se sabe por que) e nas férias para completar a chuva de democracia, fomos levados a ocupar o conselho com o intuito de adiar a votação e promover uma maior divulgação do projeto e dos debates.

4 - Pedimos formalmente através da conselheira discente a supressão do ponto de pauta e ampliação do debate na universidade. Não contávamos que Josué (“o democrático”) iria dizer: “O ponto está mantido” sem sequer consultar os demais conselheiros. Ele manda mesmo não é...

5 - Diante de tal quadro desfavorável à discussão ocupamos o conselho como última e única forma de adiá-lo e consequentemente debater o projeto. Caso o ponto fosse suprimido e amplamente debatido não estaríamos lá.

6 - O tumulto, empurrões e vidros quebrados se iniciaram por conta do professor Mário Everaldo (cargo de comissão do Reitor) quando o mesmo desferiu um soco numa estudante de Enfermagem. Porque esse “simples” fato não consta na nota da Reitoria? No tumulto o vidro foi quebrado. Não foi o ME de forma proposital. É bom que fique claro para quem não estava presente.

7 - Entendemos que não fazemos oposição à reitoria apenas por fazer. Será que não é necessário fazer oposição a um grupo de administradores que querem aprovar a “reestruturação” completa da UFS nas férias e ainda ter a coragem de bater numa aluna? É questão de birra ou política de defesa da universidade? Tiremos a conclusão. A expansão numérica da reitoria não encanta o ME. Ouvimos no dia gritos como “qualidade em Laranjeiras e Itabaiana”. Imaginem com as mais 5575 matrículas prevista no REUNI sem a previsão de verba...

8 - Compreendemos também que o CONEPE não é um espaço democrático desde sua estrutura. Como, na universidade, os estudantes são maioria e no CONEPE minoria? E porque os professores que são bem menores em número têm maioria? Cadê a paridade? A eleição do Reitor não foi paritária? Por que ele não implementa isso no CONEPE? Sequer propõe? Tem medo de a representação discente barrar seus desmandos? É isso? Fica difícil discutir numa democracia de conselho, onde decidem o futuro da UFS de forma desigual/não-paritária.

9 - Não queremos salvar o mundo e a UFS nem ser o paladino dos pobres. Queremos construir a universidade e atuar ao lado dos trabalhadores. É diferente. Temos consciência do que somos e o que queremos enquanto ME. Sabemos que o REUNI não está dentro dos planos que queremos para a universidade pública. Ele não garante ensino, pesquisa e extensão, bem como seu financiamento. Como ser a favor do projeto? Só se for para mostrar números ao MEC. Ser capacho do governo federal não é nosso papel.

10 - Não basta incluir quem está de fora. Não basta democratizar acesso. Temos que democratizar permanência. Temos que receber recursos para a assistência estudantil. O REUNI não garante isso. Pelo menos ninguém viu até hoje no decreto...

MRL - Movimento Resistência e Luta
DCE-UFS: “Amanhã há de ser outro dia”

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